Zorro - a lenda
Li este outro dia. Zorro, o começo da lenda... O título não promete muito, mas é
só enganação... Afinal de contas, quando a autora é Isabel Allende, quem
precisa de títulos promissores? PErsonagens intensos, enredo
surpreendente, história mais que cativante, cheia de reflexões, força e
criatividade...
Esta é a sinopse:
Nascido no sul da Califórnia no século XVIII, Diego de La Vega é um rapaz preso entre dois mundos. O pai, um militar
aristocrata espanhol, é um importante latifundiário.
A mãe, por outro lado, é uma guerreira da tribo indígena Shoshone. Da avó materna, Coruja Branca, aprende os costumes da
sua gente, enquanto do pai aprende a arte
da esgrima e como marcar o gado. Durante a infância, cheia de traquinices e aventuras, Diego é testemunha das brutais injustiças
que os indígenas norte-americanos
enfrentam pela parte dos colonos europeus, e sente pela primeira vez um conflito interior em relação à sua herança. Aos
16 anos, Diego é enviado a Barcelona para
receber uma educa-ção europeia. Num país oprimido pela corrupção do domínio Napoleónico, o jovem decide seguir o exemplo
do seu célebre professor de esgrima, e adere
"A Justiça", um movimento clandestino de resistência, que se dedica a ajudar os pobres e indefesos. Imerso num mundo de
um ambiente de revolta e desordem, enfrenta
pela primeira vez um grande rival que vem de um mundo de privilé-gio. Entre a Califórnia e Barcelona, o novo mundo e o velho
continente, forma-se a personagem do
Zorro, nasce um grande herói e começa a lenda. Depois de muitas aventuras - duelos ao amanhecer, violentas batalhas marítimas
com piratas e resgates impossíveis
- Diego de La Vega, conhecido também como Zorro, regressa à América para reclamar a propriedade onde cresceu, em busca de
justiça para todos aqueles que não podem
lutar por si próprios.
Esta é a história de Diego de La Vega e de como se converteu no lendário Zorro. Posso finalmente revelar a sua identidade,
que ao longo de tantos anos mantivemos
em segredo, e faço-o com uma certa hesitação, visto que uma página em branco me intimida tanto como os sabres nus dos homens
de Moncada. Com estas páginas procuro
antecipar-me àqueles que estão apostados em difamar o Zorro. O número dos nossos rivais é considerável, como costuma acontecer
aos que defendem os fracos, salvam
donzelas e humilham os poderosos. Naturalmente, todo o idealista arranja inimigos, mas nós preferimos contabilizar os nossos
amigos, que são muitos mais. Tenho de
narrar estas aventuras, porque de pouco serviria que Diego arriscasse a vida pela justiça, se ninguém delas tomasse conhecimento.
O heroísmo é uma ocupação mal remunerada,
que amiudadas vezes conduz a um fim prematuro, e por isso atrai pessoas fanáticas ou com um doentio fascínio pela morte.
Existem muito poucos heróis de coração romântico
e de sangue leviano. Digamo-lo sem rodeios: não há nenhum como o Zorro.
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