É cada uma!... - sling
Embora tenha conhecido e até protagonizado alguns acontecimentos
bizarros envolvendo o uso de sling, nunca ouvi falar em nada como o que
aconteceu conosco ontem, quando estávamos no mercado.
Mariles estava sentadinha no sling, de perninhas para fora,
atraindo, como sempre, comentários que flutuavam entre "que lindo!" e
"que judiação", quando uma desconhecida interveio:
- Que vergonha!
Eu mal tinha começado a me perguntar o que era tão vergonhoso,
quando ela continuou:
- Nós, mulheres, sofremos horrores para nos livrar do jugo do homem
para sermos submetidas às crianças desse jeito! Isso é uma inversão de
valores! Ela é que tinha que estar cuidando de você, não você se
escravizando a ela desse jeito.
Certamente me faria muito bem ficar frustrada porque uma bebê de 4
meses não estava resolvendo meus problemas!... Mas ela ainda tinha mais:
- Ela quase está nas suas costas, como se você fosse mesmo um burro
de carga. Quando a mulher fica grávida, o filho suga sua saúde, sua
beleza e, se depois da gravidez a mãe continuar com essa simbiose, ele
suga os seios e estraga a coluna, tudo isso para depois não dar nada em
troca! Criança tem que ser independente! A mãe tem que reconquistar o
espaço dela, para não se submeter a vida inteira!...
Pela primeira vez, acho que entendi direito o que era estar "entre o
espanto e a ternura". Como eu podia lhe explicar, nos curtos segundos
que tínhamos enquanto nossas poucas compras rolavam na esteira, a
diferença entre entrega e escravidão, entre amor incondicional e
investimento calculado, entre doação e submissão!...
Talvez não tenha nada a ver e jamais saibamos a resposta, mas eu me
perguntei aonde ela estava quando tinha apenas 4 meses e não podia dar
muito mais além da realidade de sua própria existência e dos seus
sorrisinhos de gratidão e expectativa.
~ Eu não desejei ser irônica ou arrogante quando lhe disse as
primeiras e últimas palavras de todo o acontecido:
- De verdade, eu queria muito, muito que você entendesse....
bizarros envolvendo o uso de sling, nunca ouvi falar em nada como o que
aconteceu conosco ontem, quando estávamos no mercado.
Mariles estava sentadinha no sling, de perninhas para fora,
atraindo, como sempre, comentários que flutuavam entre "que lindo!" e
"que judiação", quando uma desconhecida interveio:
- Que vergonha!
Eu mal tinha começado a me perguntar o que era tão vergonhoso,
quando ela continuou:
- Nós, mulheres, sofremos horrores para nos livrar do jugo do homem
para sermos submetidas às crianças desse jeito! Isso é uma inversão de
valores! Ela é que tinha que estar cuidando de você, não você se
escravizando a ela desse jeito.
Certamente me faria muito bem ficar frustrada porque uma bebê de 4
meses não estava resolvendo meus problemas!... Mas ela ainda tinha mais:
- Ela quase está nas suas costas, como se você fosse mesmo um burro
de carga. Quando a mulher fica grávida, o filho suga sua saúde, sua
beleza e, se depois da gravidez a mãe continuar com essa simbiose, ele
suga os seios e estraga a coluna, tudo isso para depois não dar nada em
troca! Criança tem que ser independente! A mãe tem que reconquistar o
espaço dela, para não se submeter a vida inteira!...
Pela primeira vez, acho que entendi direito o que era estar "entre o
espanto e a ternura". Como eu podia lhe explicar, nos curtos segundos
que tínhamos enquanto nossas poucas compras rolavam na esteira, a
diferença entre entrega e escravidão, entre amor incondicional e
investimento calculado, entre doação e submissão!...
Talvez não tenha nada a ver e jamais saibamos a resposta, mas eu me
perguntei aonde ela estava quando tinha apenas 4 meses e não podia dar
muito mais além da realidade de sua própria existência e dos seus
sorrisinhos de gratidão e expectativa.
~ Eu não desejei ser irônica ou arrogante quando lhe disse as
primeiras e últimas palavras de todo o acontecido:
- De verdade, eu queria muito, muito que você entendesse....
hahahha
Tá muito fofa ela na fotinha! Muuuuito lindinha a Misila!
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