Bolsa de mãe

Bolsa de mulher é sempre uma história à parte. E bolsa de mãe?
Esse foi sempre um ponto aqui em casa - levar as coisas dos pequenos
e minhas em um só lugar, sem fazer muito volume. Entre frasqueiras,
mochilas, bolsas de bebê e bolsas em geral, acabei "casando" com uma
rosa (nem tudo é perfeito) com dois bolsos frontais, um bolso pequeno
acima deles, um bolso grande, uma divisória acessível, fechada por um
botão de ímã e outro bolso trazeiro, com bolso interno. FOi a
salvação... E a bagunça!
Nos bolsos frontais geralmente ficam as chaves, algum dinheiro e os cartões,
incluindo carteiras dos planos dos dois. No bolso acima tem sempre algum
item de emergência, especialmente balinhas para dar na rua (eu sei que
balas não são politicamente corretas, mas em uma situação de desespero,
podem ser preciosas, se não forem abusivas). O Primeiro bolso grande é
meu. Batom, colar de pérola, elástico e escova de cabelo (porque é mais
fácil me arrumar dentro de um táxi, a caminho dos lugares, que em
casa, com tempo marcado) e mais uma bolsinha com celular e gravador mp3
dentro. O bolso da divisória e´ocupado por brinquedos: um saquinho de
bichinhos de plástico, um bichinho de morder, um saquinho com bolinhas
de gude ou carrinhos de ferro para o pequeno ficar perto de mim e não
correndo por aí. O último bolso grande contém uma cueca, uma fralda de
pano, uma muda de roupa e o bolso interno, que deveria ser para
dinheiro, alberga uma fraldinha e um eterno pacotinho de lenços
humedecidos.
Impressionante como até isso muda. Antes a minha bolsa era básica -
quanto menor, melhor. Continha apenas chave, celular, documentos e algum
dinheirinho. Ela falava só de mim, dos meus hábitos e das minhas poucas
necessidades. Agora, pensando bem, na minha bolsa tem um pouquinho da
minha família e de quem eu me tornei.
Loucura, não é?