Oh, Deus, livrai-me!
Oh, Deus
Livrai-me de pensar que meus problemas são o ápse do sofrimento na Terra
Livrai-me de lamuriar o fato das minhas dores não serem o epicentro do
Universo!
Livrai-me de blasfemar contra os companheiros de jornada porque eles não
entendem o que não digo;
livrai-me de desejar e esperar que eles adegem eternamente em minha
órbita!
Livrai-me de sentir que minhas atribuições são grandes demais!
Livrai-me de desejar o que não tenho e de menoscabar o que me é dado
graciosamente;
livrai-me de esperar retribuição e recompensa
Reconhecimento e gratidão
de ver nos outros mais suas falhas que suas tentativas
E de achar que tenho um rosário de razões.
Nessa Páscoa, oh, Pai
Em que recordamo-nos o martírio de seu filho bem-amado em prol do nosso
crescimento moral para ti
rogo-te, com toda humildade de que sou capaz
Que me permita ir até ao fim de minhas obrigações com dignidade e
desvelo
Com silêncio e compreensão
Vendo ao outro antes de ver a mim
E silenciando quando a compreensão me parecer impossível.
Protege-me e guia-me, senhor
Fortalecendo-me e amparando-me
Dando-me saúde e serenidade
Humildade e determinação
Para, ainda que só
Ainda que em outras partes,
Eu possa seguir sempre contigo.
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