Frase

"A noção do dever bem cumprido,ainda que todos os homens permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e abençoado
travesseiro para a noite."
(Os Mensageiros)


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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Melhor que papai-noel

Eu adoro presentear. É uma de minhas poucas virtudes. ANiversários,
chegadas, partidas, datas comemorativas - tudo é desculpa para dar
presentes. Também gosto de receber, mas confesso que nada se compara a
dar algo a alguém. Quando o presente tem algo de artesanal, então!... É
meu paraízo.
Também adoro o Natal. Por toda significação cristã. Por todos os
vôos da caridade - mesmo que em muitos casos seja impulso de uma noite
apenas, o gosto de fazer o bem pode ser aliciante para alguém..
Não tenho nada contra papai-noel, do mesmo jeito que respeito muito
o coelhinho da Páscoa. Mas no nosso dia-a-dia, eles são símbolos, nada
mais. Ocoelhinho simboliza a fertilidade e uma certa doçura; o
Papai-noel, o desprendimento e o carinho desinteressado. Mas o coelhinho
não deixa ovos aqui em casa, tampouco Papai-Noel nos visita com seu
trenó.
Descolorir a infância? Não acredito. Se na imaginação pode haver
doçura, "olhos de ver" também podem encontrá-la na realidade... Que não
desaparecerá quando a criança crescer e, simplesmente, descobrir que
"era mentira".
Acho o mito do Papai-Noel insubstancial. A realidade do Natal, das
pessoas se movendo em torno de objetivos mais sutis, muito mais
enternecedor e relacionado ao universo infantil.
No nosso primeiro natal com Estêvão mais velhinho, montamos a árvore
juntos, e ele ainda fez alguns enfeites quase sozinho. Adotamos um
garoto na creche e, juntos, compramos as coisinhas da cesta dele.
Estêvão nos ajudou a escolher as meias, a camisa e o brinquedo.
A caixa sobre o guarda-roupa, ele sabe que é seu presente de Natal.
Todos os dias olha para ela, curioso, e pergunta se o Natal já chegou.
Eu digo que ainda não, e então ficamos brincando juntos, com ele
tentando adivinhar o que teria lá dentro. Acho que pode ser que nos
divirtamos mais imaginando o que tem lá, que aproveitando o conteúdo.
Todas as noites ligamos o pisca da nossa arvorezinha inventada. Ele
adora ver as luzes piscarem, e muitas vezes, falo de Jesus para ele.
Digam o que disserem, Natal sempre me lembra o nascimento de Jesus e as
diretrizes que ele nos deixou. Acho que nos próximos anos poderei
fazer-lhe uma exposição mais detalhada, mas agora, o essencial é dizer
muito com poucas palavras: no Natal comemoramos o nascimento de Jesus,
porque ele ajudou a explicar o que é amor para as pessoas do mundo. Ahn,
o que é amor? Amor é... *pausa. Como flar de amor para uma criança de
dois anos e meio?* Amor é "nunca, nunca abandonar". Disso ele entende. E
enquanto ele mexe no presépio de cera, eu explico o que representa quem.
"Jesus nasceu junto com os bichinhos." Digo, mas não explico mais nada.
Por enquanto, acho que ele associa o Natal a uma caixa misteriosa
sobre o guarda-roupa, a comprar coisas boas para um menino que ele nunca
viu e a falar de Jesus sob as luzes de um pisca-pisca. Não é muito,
talvez, mas é bem melhor que papai-noel.

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